quarta-feira, 20 de junho de 2018

APOSENTADA VIAJANDONA

Sou uma mulher com 58 anos, divorciada, com 2 filhos adultos e 2 netos. 
Sou goiana daquelas que gosta de pequi e pamonha mas me alegro em comer comidas bem diferentes. 
Sou objetiva, sincera, focada, amiga, gentil, forte mas choro até em comercial de 30 segundos, sonhadora mas com um pezinho no chão.
Ex-publicitária. 
Tive o direito de me aposentar pelo INSS aos 56 anos, quando completei um total de 85 anos (idade + tempo de contribuição).
Sempre pensei em esperar meus 60 anos para parar de trabalhar mas aos 56 passei a pensar em abreviar este tempo. E assim fiz: me preparei para dizer “tchau, eu vou ali”.
Aos 56 eu não tinha me conscientizado de que poderia ficar à toa. Não tinha preparado minha cabeça pra isso, nem tão pouco preparado meu bolso. E claro que eu não queria ficar à toa imediatamente, eu queria viajar pelo mundo, ir por aí, vendo pessoas/coisas diferentes e conhecendo novas culturas.
Passei 2 anos me preparando psicologicamente pra deixar um trabalho que eu amava, deixar de morar numa cidade tranquila, sair de perto da família e amigos… enfim eu teria que deixar minha zona de conforto. Mas penso que é isso que nos move, que nos faz mais fortes, que nos traz mais conhecimento, experiência e que nos preenche a alma.
Depois dos filhos adultos e independentes, eu passei a focar em minhas viagens. Trabalhava o ano inteiro pensando na viagem de férias. Mas sempre viajei com os dias contados e com a viagem toda programada: hotel reservado, passeios, museus… eu sabia exatamente onde e que dia iria. Sempre voltava de uma viagem sem dívidas, com exceção de alguma despesa necessária em cartão de crédito e já começava a juntar meu dinheirinho para a próxima viagem e a viajar na escolha do próximo destino. Assim vinha fazendo até que achei que queria viajar mais, que deveria parar de trabalhar para viajar em tempo total.
E assim me preparei nesses 2 últimos anos e no dia 20 de abril/2018, há exatos 2 meses, cheguei a esse momento: aposentei, parei de trabalhar e saí por aí no dia 20 de maio/2018 (há 1 mês).
Decidi ser uma mochileira. Viajar sem pressa e sem muita programação e cá estou fazendo isso há menos de um mês, com o sonho de conhecer algumas cidades e parques pelos Estados Unidos, depois um pouco da parte oeste do Canadá, ver Aurora Boreal no Alaska, depois ir para o outro lado do mundo: China, Índia, Nepal, Myanmar, Tailândia, Camboja, Vietnã, Laos, Malásia e, talvez, Philipinas e Indonésia.
Agora o meu tempo é meu, não o vendo mais. Não tenho que voltar para o meu emprego com dia marcado. Posso viajar devagarinho, sem compromissos e nem roteiro rígido a ser seguido, vou no ritmo do meu coração, curtindo cada lugar, prestando atenção em cada pessoa que me sorri ou em cada pássaro que canta por perto.
E nem sei de fato cumprirei todo o roteiro que está somente na minha cabeça pois não tenho passagens e nem reservas de nada. Vou onde achar que seja interessante. Posso ir quando quiser. Posso mudar de destino. Posso nem ir. Posso muita coisa. Posso. I can do it. 
Tenho que gastar pouco, quanto menos gastar, mais tempo poderei ficar viajando. Se o dinheiro for acabando, eu volto, sem problemas e sem sofrimento. 
Viajo sozinha: tenho a mim mesma, meu anjo protetor, um mundo cheio de gente boa que ainda não conheço, muita disposição e vontade de desbravar esse mundão.
Se você tem vontade de fazer tudo isso, voce também pode fazer isso. É uma questão de foco e prioridade. Não é o fato de eu ter 58 anos que não posso sair viajando por aí sozinha. Posso sim, todos podemos. O brasileiro, via de regra, é muito enraizado. Pelo mundo todo é muito comum ver pessoas mais idosas viajando e desbravando novos mundos. Chamam nossa idade de “melhor idade” ou “terceira idade”, eu não rotulo, tenho a minha idade, tenho o meu tempo, pra mim eu sou jovem, tenho força, talvez coragem, muita disposição e vontade. A vontade é o que nos move.
Sempre fico em hostel pois é mais barato, cabe no meu bolso e faço novos amigos. Lá é cheio de jovens e de pessoas idosas também. Estamos trocando experiências, talvez fazendo uma refeição ou um passeio juntos. É sempre possível fazer novos amigos na viagem.
Se você já trabalhou muito e se aposentou, você não é obrigada(o) a ficar em casa fazendo crochê ou cuidando de jardim. Saia de casa, veja como o mundo é grande e lindo, cheio de pessoas boas, de bom coração, lindas e procurando novos amigos.
Venha, vamos juntos.
Caso queira fazer contato comigo, me mande um “oi”. Terei o maior prazer em lhe responder e trocarmos ideias. Talvez possamos nos encontrar por aí.
Sandra Rocha
Instagram e Facebook: @maisbagagem
WhatsApp: +55 63 98124-2622
e-mail: sandrarocha10@hotmail.com




5 comentários:

  1. Excelente !! Parabéns !! Sucesso !! Bjs

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  2. Amo essa sua disposição e coragem. DEUS te proteja e te guarde onde quer que vá! Nos encontraremos em breve!Bjs!

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  3. Que coragem! Que Admirável!!! O mundo te espera!!!

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